quinta-feira, 12 de junho de 2014

DESCULPE MUNDO, MAS NÃO TEMOS EDUCAÇÃO


É incrível.. Estive pensando desde do ocorrido de ontem sobre a Copa do Mundo e tantas outras coisas... E percebi que realmente o Brasil carece de educação.... Educação! Não aquela que no certo se chamaria ENSINO, mas sim educação mesmo, aquela que vem de casa, de formação, de berço como diriam muitos! As pessoas nem sempre tem sabido fazer essa diferenciação entre educação e ensino. 
Realmente, temos problemas no ensino, seja ele ensino básico, médio ou superior. O ensino talvez não seja o melhor do mundo, mas temos tido nos últimos anos a criação de creches com ensino em tempo integral. Talvez não seja o melhor, mas já é um caminho.. Também temos ensino superior disponível através das novas Faculdades Públicas, Universidades Públicas, criação de programas como PROUNI, PRONATEC, SISU, Ciência sem fronteiras, entre outros. Detalhe que muitos dos que recebem BOLSAS por esses programas são aqueles que mais protestam!
Choramos por bolsas aos pobres.. Mas lembremos que somos a nação que ao pagar os impostos, os valores não declarados muuuito abaixo dos valores que repassamos ao Bolsa-Família. 
Reclamamos sobre o descaso com a saúde pública, mas minha amiga que foi no SUS diz que foi atendida melhor e mais rápido do que eu que tenho convênio (que não é nada barato por sinal). Outra amiga minha teve o tratamento de câncer da mãe tratado somente pelo SUS, com exames que NUNCA seriam aprovados pelo convênio caro... E ainda temos a oportunidade de termos o programa "Mais Médicos", porque aqueles que deveriam estar nos prestando serviços estão querendo ganhar mais e mais com os NOSSOS convênios... 
Hoje no protesto um menino que gritava por falta de educação no país foi levado pelo pai pelos pulsos, dizendo: EU pago seus estudos! Mas que coisa, não?! E isso porque na hora de reclamar pela falta de transporte, este vai depredar os pontos de ônibus, os trens, os carros alheios, mas sem pensar que por acaso estamos em condições de termos investido mais ou menos 150 BILHÕES de reais em mobilidade urbana, quase 50 BILHÕES só em São Paulo! E qual é a deles que querem catraca livre? Como aguentar do Sindicato dos Metroviários um aumento de 35% e ainda se ligar ver eles se ligarem ao movimento "Catraca Livre", a fim de exigir subsídios para que a passagem seja de graça... Cada vez mais faz sentido dizer que não existe almoço grátis... 
Somos a 6a. maior economia do mundo, temos PIB de mais de 2% ainda de forma democrática e neoliberal, sendo que acima disso, só a China (ainda comunista e sem liberdade de imprensa). 
E porque dizer que os investimos com a Copa foram tão ruins?? Foram 8 Bilhões de investimentos privados e EMPRÉSTIMOS dos bancos do governo. Como assim, 8 bilhões? Os valores acima disso, que todos reclamam, foram investimentos em mobilidade urbana É muito? Então olhemos no portal da transparência, pois valores em nada chegam perto dos 825,3 Bilhões de reais que o governo federal investiu em educação e saúde desde 2010. 
Estamos atrasados com as Obras, mas pelo menos temos dinheiro suficiente para fazer obras.. A Europa até agora não se recuperou completamente da Crise de 2008. E pensemos também que algumas melhorias só aparecem depois de muitos anos, vide metrô, saúde, educação.. Queremos mais investimos, mas passamos ANOS quebrados, sendo país de 3°, 4°, 5° mundo.. 
Porque dizemos que somos uma nação corrupta, que rouba para fazer! Em caso de aumento da passagem, reclamamos e fazemos protestos e quebramos tudo, e na hora de pedir aumento, fazemos protesto e quebramos tudo de novo! Dizemos que somos corruptos, mas não deixamos de querer vantagens ao furar fila, ao falsificar carteirinhas de estudante, ao querer tirar proveito de tudo e de todos.. Querer direitos iguais, mas continuamos a discriminar o negro, o índio, o pobre, o homossexual, o da religião diferente da minha.. 
E na hora do voto, isso me deixa mais impressionado.. Achamos que tudo é culpa da Dilma, do Alckmin ou de qualquer outro dos grandes, mas nos esquecemos no Deputado Federal, Estadual, Senador, Vereador em que votamos - pois estes sim que fazem as leis, aprovam aumentos de salários próprios, definem pra onde vãos os investimentos e muuuuito mais coisas que os grandes só assinam no final.. - .É a ponta do iceberg a que sempre olhamos, sem ver o que está submerso.. Independente de visão política isso.. 
O mundo diz que somos uma nação que sempre sorri e recebe bem nossos estrangeiros, mas eu vejo que as vezes abrimos as pernas demais por só perceber nossos problemas quando os gringos falam e criticam. Vimos hoje a pessoas que junho do ano passado reclamaram da Copa e tantas outras coisas mais, mas estavam lá hoje e pagaram até R$ 500 para ver o Jogo das Copas das Copas, xingando uma presidente!! Algo que aprendemos em casa não dizer nem pros nossos coleguinhas! Quanta hipocrisia... 
Esperamos que sejamos melhores em tudo (educação, saúde, segurança) mas não suportamos nem ao menos conviver ao lado do outro, com respeito.. E é ai a educação nos falta.. Até exigimos educação, mas que nossos professores o façam. Que façam além do trabalho deles de ENSINAR e não EDUCAR, porque não temos paciência com nossas crianças, simplesmente damos a ela um tablet ou um Iphone e ela que fique quietinha, comportada! Pedimos educação até para os governantes! Porém isso não é a president(e)a, nem governador, nem prefeito nenhum que vai resolver.. Vai de casa mesmo, de dentro de nós! 
Espero que as próximas gerações tenham mais educação ou que a nossa se toque o qual é realmente a diferença entre as duas... Mais educação Brasil!

domingo, 9 de março de 2014

Dica de cinema: Clube de Compras Dallas

Clube de Compras Dallas (2013, Dallas Buyers Club) - Jean-MarcVallée



O filme se passa nos anos 80, época em que o vírus HIV espalhava AIDIS a todos que estavam vulneráveis, por todos os motivos possíveis como uso de seringa compartilhadas para se drogar, sexo sem preservativo e transplante de sangue, mas que por conta da situação da época estava diretamente ligado à infecção vinda dos homossexuais, grupo de risco mais presente na época. Foi justamente no Texas, em um local extremamente machista que o protagonista Ron Woodroof  (Matthew McConaughey) se viu infectado e por conta disso, excluído de seu circulo social para se tornar um estranho e "comedor de veados".

É nos tratamentos que Ron conhece Rayon (Jared Leto), um travesti que também está na mesma fase do HIV e que está testando uma nova experimental nos EUA, o AZT. E assim, começa um processo extremamente complexo de aceitação pelo protagonista em ter um parceiro em quem ele pode contar para que os dois comecem a contrabandear uma droga que substitua o AZT, já que a droga não traz resultados positivos e causa inúmeros efeitos colaterais. 

Basicamente essa é a história do filme. Normalmente sempre gosto de comentar sobre os aspectos técnico-artísticos dos filmes que neste filme foram perfeitos, mas dessa vez não queria falar sobre isso,  mas sim, do aspecto humano que o filme trouxe.

Sinceramente, o filme é um processo de visualização da desconstrução e reconstrução dos valores que nos guiam na vida. Essa obra magnífica vai nos conduzindo a primeiro se envolver com os personagens e conforme vai seguindo sua trajetória e os cada um dos atores vai evoluindo em sua performance, independente da critica entre "Homofóbico" e "Travesti" e dos seus valores morais pré-concebidos, são também experimento da empatia que vamos sentindo por cada um deles. E o envolvimento é tanto que em algum momento, quando tudo se rompe e a esperança se acaba, você se envolve a eles, sofre com eles, chora também... Sem contar que percebemos todos nossos "pré-conceitos", assim como o protagonista cowboy homofóbico declarado e machista nascido e criado no Texas e passamos a ver e entender melhor como funciona as situações em que podemos deixar de ser nós mesmos, egoístas e mesquinhos, para nos tornar uma comunidade, em prol de algo melhor, mais nobre, que beneficia e muda a vida de todos.

Aconselhável ver o filme pelo honrável Oscar justamente ao Jared Leto como ator coadjuvante e ao Matthew McConaughey, porque fez jus a cada um de seus personagens, sem exageros, sem chegar à chacota do esteriótipo ou da avacalhação.

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Violência em troca de violência????

Normalmente eu não gosto de emitir opiniões públicas sobre assuntos correntes, mas desta vez eu tive que me manifestar, porque achei o vídeo super interessante... E deixo aqui uma reflexão...

Uma mulher que fala bem de um menino BRANCO, estrangeiro que vem para o NOSSO país, faz um alarde, pixa nossas ruas, desfaz dos seus adoradores, praticamente cospe na cara daqueles que pagam seu salário PODE FAZER TUDO QUE QUER, tudo bem pra ela, afinal, ele está SÓ crescendo!

Agora um menino NEGRO, que provavelmente não teve sorte na vida, que foi marginalizado por questões históricas de nosso país, que por acaso sempre foi escravocrata (olhe para seu lado no emprego e veja quantos negros trabalham e quantos possuem cargos bem remunerados!) e que pode nunca ter sido acolhido, porque seu biográfico não foi dos melhores.. Ai não pode né, tem que ser LINCHADO???

Vejam com seus próprios olhos cada opinião com relação a um BRANCO rico e um NEGRO pobre.. E ainda me perguntam porque eu não gosto dela... Vejam vídeo:  http://www.youtube.com/watch?v=dI2enm6JB9g



Que direito é esse que temos de fazer justiça com as próprias mãos??? Que atitude é essa que em se lembrando que aceitamos viver em sociedade, aceitamos TODOS viver em harmonia? Independente se é certo ou errado o menino ter roubado (OU NÃO), porque sempre há o pressuposto de que a violência é a melhor saída para combater a violência?? Se a violência sempre se combater com violência em troca, então pode ter certeza que estaremos sujeitos a extinção da humana... Parabéns, você está SERTO! tsc tsc tsc...


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O que fazer em um final de semana chuvoso, quando ele vier? Filme: Pânico

Faz muito tempo que não posto neste blog, por N motivos. O que importa é que vou tentar escrever mais sobre algumas situações, dicas, filmes, e tudo mais que eu achar que vale uma postagem! hahahaha

Esta é a primeira postagem da série: O que fazer em um final de semana chuvoso, quando ele vier? Vou falar de algo que é bem gostoso de fazer com os amigos quando a chuva vier! (espero que venha logo)

Já ouviu falar em filmes blockbuster? Não?! Você provavelmente deve assisti-los sem saber. Eu explico o que é. O filme blockbuster é uma expressão americana  que significa "arrasa quarteirão ", que derivou do nome às bombas aéreas que surgiram na guerra e que literalmente arrasavam o quarteirão. No bom sentido, é aquele filme feito para ser comercialmente vendido, no maior numero de redes de cinema possíveis, para arrecadar a maior quantia de dinheiro possível, como uma empresa que cria seu produto para prover lucros. Bons exemplos são: Batman, Os Vingadores, Titanic, e assim vai.. 

Agora que você já sabe o que é um blockbuster, vai minha dica de uma coisa que as produtoras de cinema americano adoram fazer: Filmes que com o sucesso ganham uma sequência; um novo filme com uma nova história (Smurf), que acabam se tornando uma trilogia (O homem aranha), quadrilogia (Saga Crepúsculo), quiçá uma Octologia (vide Harry Potter e haja história!) ou em ultimo caso, uma série (a série do Jason, Sexta-feira 13 conseguiu fazer 14 filmes!)

Bom, no final das contas, qual filme vou falar??? Panico, Pânico, Pânico! Sim, um dos filmes mais blockbusters que existe na história do cinema: Pânico

O filme original se chama Scream, ou seja, Grito, mas aqui ficou Pânico mesmo.. Foi um dos filmes mais rentáveis do gênero até então - terror, suspense - e foi idealizado por nada mais, nada menos do que o mestre do terror, Wes Craven. Este diretor é responsáveis por quase todos os filmes que você já se assustou vendo, como A hora do pesadelo (Freddy Krueger), A maldição dos Mortos-vivos, e outros menos famosos. O filme foi inovador porque além de instigar ao medo e pânico (dai o nome), trazia "regras" para cada erro cometido que garantia a morte. Essas regras eram basicamente "Você não sobreviverá SE: fizer sexo, usar drogas, se disser 'já volto', e principalmente, TODOS SÃO SUSPEITOS!"

E nada melhor do que assistir aos 4 filmes Pânico! Depois de milhões de anos, consegui comprar a série dos filmes e fui ver pela primeira vez...  Te conto em cada um o porquê (Quem ainda não viu, atenção! Coloquei informações que acontecem no decorrer da história).


Pânico (1996):  O primeiro filme foi baseado em uma história real ocorrida na Florida. Trata-se basicamente de um assassino vestido de preto e mascara de fantasma que escolhe suas vitimas através dos erros e acertos das perguntas que ele faz sobre sua obsessão: filmes de terror. Errou, morreu! Sidney, a protagonista consegue sobreviver ao seu ataque, o que culmina numa busca incessável do assassino em querer matá-la.
Amei! Drew Barrymore foi divertidíssima, muito boa. Ela foi escalada para ser a protagonista, mas preferiu fazer somente uma ponta, pois achou que ia causar ainda mais desespero pela morte dela já no começo.... O ruim foi apenas ter visto "Todo mundo em pânico" antes porque ai perde-se o respeito para um filme como esses, pois a todo momento eu lembrava uma cena e me acabava de rir.. A sacada de colocar tantos filmes de terror (A hora do pesadelo, Sexta-feira 13, Halloween) nas referências também foi uma ótima escolha.. Alguma delas são super fáceis de entender, outras são mais sutis, mas todas boas.. O primeiro foi um sucesso!

Pânico 2 (1997):  A sequência trata-se da fama que a história de assassinato adquiriu no "show-business" e que por acaso por conta da repórter, teve uma versão para as telas fictícias: "Facada". No meio da confusão, um novo assassino surge para se vingar da protagonista Sidney.
Achei tão mais caricato esse filme... Como uma sátira do primeiro.. O filme em si não é ruim, mas deixa de ter um "ar sombrio" para assumir um ar mais cômico, que chegaram até ser apelativos.. Mortes esdruxulas e mal-feitas também fizeram parte do filme.  Mas a parte boa é que foi realmente uma sequência e não somente uma história fora do contexto do primeiro filme... No geral, gostei!

Pânico 3 (2000): Mais um filme da série "Facada" está sendo gravado, baseando-se novamente e fiticiamente na onda de assassinatos do segundo filme. A trama acontece quando um novo assassino (sim, de novo!) surge matando os atores na ordem do roteiro, e envolvendo mais uma vez Sidney e dessa vez, sua mãe como assassina.
Gostei bastante deste filme, apesar de alguns momentos ter confundido a obra com alguns dos pesadelos esquizofrênicos do Freddy Kruegger.. No mais eu gostei bastante do roteiro.. Os sustos são bons, e a complexidade do filme em si é boa, se pensarmos que a história já teria acabado no 2 mesmo. As atuações são as mesmas, os personagens pouco evoluíram, mas ao mesmo tempo, a sequência consegue trazer novos personagens, que eu consideraria como "alter ego" dos personagens antigos. Enfim, me diverti..


Pânico 4 (2001): O ultimo filme desta quadrilogia se inicia anos depois de todas as mortes terem acontecido na vida de Sidney. Ela virou escritora e contou sobre suas experiências vividas com os assassinos, sob seu olhar. Mas um novo assassino (oi?! tá me zuando) aparece para tentar acabar com ela de vez. Mas espere um momento, tudo que foi visto até então nos filmes anteriores pode mudar, personagens novos trazem uma nova visão e o melhor: novas mortes mais engraçadas e inusitadas!
Anos se passaram para um novo filme dessa série chegar as telonas novamente, mas o mais interessante e que apesar do tempo passado, toda a história ainda é fresca e consegue captar bastante da essência do primeiro produzido. As surpresas são sem fim, e o resultado é um boa continuação, talvez até melhor que o segundo e o terceiro..

Quem puder conferir, aproveite um final de semana junto com seu amor, ou sozinho mesmo, de preferência em um dia de chuva, e vá rir ou se assustar nessa série! Eu recomendo.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz natal!

Mais um fim de ano chegou e mais uma vez, temos a possibilidade de refletir sobre tudo aquilo que vivemos durante este ano.
O espírito de natal é justamente este, que nos faz pensar em todas nossas ações, tenham sido elas boas ou ruins, nos trazido boas colheitas ou tempestades. É um tempo para poder pesar nossos atos e mais do que tudo, nos conscientizar que podemos mudar, podemos melhorar.... Melhorar com nossos erros e até mesmo com nossos acertos.
Vamos esquecer por um momento os presentes e bens materiais que almejamos e que somente agora temos coragem de adquirir, mas lembrar com carinho de nossos amigos, dos bons momentos vividos com as pessoas que amamos e das coisas que não podemos tocar, mas que fazem entender porque estamos aqui na Terra!
Mais do que qualquer momento do ano esta frase faz sentindo: " que perdoem as ofensas, assim como perdoamos a quem nos tem ofendido..."
Vamos também celebrar e poder viver a alegria que ainda dá tempo, durante o ano todo e não só no natal, de praticar boas ações, reencontrar aqueles que não vemos durante longos períodos e tomar novas atitudes.
Estes são meus votos para todos vocês, que estiveram presentes na minha vida e que espero estarem durante muuitos anos mais!
Feliz natal e próspero 2012!
Mil beijos e abraços do seu querido Cileno!

domingo, 9 de outubro de 2011

A mostra de Nelson Leirner no Centro Cultural FIESP - Ruth Cardoso



A mostra Nelson Leirner 2011-1961=50 anos apresenta através de suas obras três momentos da trajetória do artista: os primeiros anos, quando o artista cria trabalhos como pinturas, pinturas/objetos e desenhos, mas de forma ainda marcada, conhecida, como se fosse uma "arte comum"; já segunda fase, de meados de 1965 até 1994, ela troca a noção de criação pela de apropriação e passa a realizar performances, intervenções em espaços públicos, trazendo o ensino da arte e da compreensão do espaço pedagógico como extensão de seu trabalho artístico; na terceira fase, ele começa a se utilizar de objetos industriais, com a intenção de atingir o imaginário social criado pela sociedade industrializada, que cria objetos icônicos para crianças aos adultos, e cuja devoção encontra um apelo poderoso e convincente.
O artista em suas criações tem muita simetria, assimila a devoção das indústrias à devoção das igrejas, e cria, com suas obras, imagens ricas e cheias de significado, particular a quem vê a exposição. Suas coleções, que não são poucas, são ricas e cheias de detalhes, e transmitem seu espírito colecionador.
É também interessante perceber que na verdade, somos todos assim, colecionadores; trazemos em nossa trajetória de vida símbolos, ícones, sendo eles agregados externamente ou mesmo por gostos pessoais, e ao longo do tempo, vamos criando devoção a eles. Talvez essa devoção seja cega, talvez seja inconsciente, mas elas nos permeiam, constroem aquilo que somos e oferecem aos outros, uma visão de nós.
Vale a pena conferir a mostra que vai até o dia 06 de novembro de 2011, na Galeria de Arte do SESI-SP, na Avenida Paulista 1313, em frente à estação Trianom-Masp do Metrô. De segunda-feira, das 11h às 20h; terça a sábado, das 10 às 20 horas; domingo, das 10 às 19h. E o melhor: é de graça!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Melancholia – Como entender o mundo


Nesta sexta-feira pude conferir o novo filme do tão polêmico Lars Von Trier, Melancolia (Melancholia, 2011) e me surpreendi bastante com o que vi.
Para quem não conhece, Lars Von Trier é um diretor que já realizou verdadeiras obras de arte na área cinematográfica. Dentre seu currículo de filmes estão “Dançando no Escuro”, com a cantora Björk, além de “Manderley” e “Dogville”. Ele também ficou muito conhecido após fundar, junto com Thomas Vinterberg, o manifesto Dogma 95, que conta com 10 regras para a produção de filmes, como: não usar cenários, não usar banda sonora, usar apenas câmara de ombro etc, apesar de só ter feito isso em um dos seus filmes (Os idiotas).
Na história do longa, duas irmãs serão juntas por um evento que mudará a relação de uma com a outra: Um planeta chamado Melancholia irá colidir com a Terra, destruindo-a e acabando assim com toda humanidade. Justine (Kristen Dunst de “O Homem Aranha”) sofre de uma depressão forte, que faz com que ela perca tudo que sua irmã Claire, vivida por (Charlotte Gainsbourg, de “Anticristo”, também de Lars Von Trier), tenta construir para ela. A ideia da colisão mexe com a Claire trazendo a ela uma ansiedade incontrolada e com que sua irmã, Justine só exalte ainda mais sua condição.
Melancholia, que tem como estrela nada mais nada menos do que Kirsten Dunst, é um movimento de arte que tenta entender a melancolia do mundo, com os conflitos que as pessoas sofrem internamente e muitas vezes passam despercebidos. É muito mais um filme reflexivo do que dramático, pois lida com a existência em decadência em meio ao caos, pois traz um movimento de compreensão àquilo que a humanidade já vive atualmente, só que com um fim eminente e com data marcada.
A impressão é que a história até acabe com um final feliz, o que não é o caso, mas ao menos tende a mostrar que mesmo com situações de caos, a união possa ser o melhor remédio para curar a dor da perda.
Vale a pena conferir o filme deste aclamado diretor!