terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Santuário??? Pensei que era inferno...

Ontem fui assistir ao tão comentado filme "Santuário" (Sanctum, 2011), por sua revolução no quesito 3D e que tem como produtor executivo nada mais nada menos que o senhor "visionário" James Cameron, criador de "Titanic" e "Avatar".
A história conta a experiência, baseada em fatos reais, de um grupo de exploradores que tentam fazer uma expedição à uma caverna próxima à costa, até então inexplorada em uma parte tão profunda que vai onde encontro ao mar. O problema é que com uma chuva torrencial, eles ficam presos embaixo da terra, e para tentarem se salvar, devem seguir explorando afundo para encontrarem a saída que dá para o mar. O conflito emocional maior se dá pela relação complicada entre um pai extremamente experiente e seu filho, um ótimo alpinista. O roteiro era até bem simples, chegando ao ponto de ter falas pobres e sem emoção, e se não dissessem que era baseado em fatos reais, eu nem me levaria pela trama.
Confesso que o 3D durante o filme foi apenas um dos recursos, mas que o filme em si não foi dos mais brilhantes, afinal, com um nome de peso como James Cameron, esperava algo mais. O que mais me impressionou foi a forma claustrofóbica e devastadora que a influencia da caverna no filme e nos expectadores.
A atuação em alguns momentos deixaram a desejar, enquanto a direção de arte foi bem feita, porém com referências de iluminação do próprio Avatar, só que com intensidade menor. A trilha sonora era logo bem específico do filme, refletindo à idéia de se estar na África, mas sem se conectar muito com o contexto de algumas cenas.
Uma sensação hilária que tive durante várias partes do filme é que estava vendo um filme barato da TV Record ou mesmo da Band, daqueles que ninguém conhece nem nunca ouviu falar. Acredito que o nome do Cameron seja talvez a principal alavanca para o filme ter sido tão reconhecido, pois eu mesmo, se não tivesse ouvido o nome dele, provavelmente nunca me interessaria em vê-lo.
Espero que da próxima vez que estes diretores que dêem a cara para bater nestes filmes, possam escolher melhor ou pelo menos estar dispostos a contribuir pra o filme não ser tão mediócre.

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