segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ritual de fé


Neste final de semana pude conferir ao novo filme estrelado por Anthony Hopkins, "O Ritual" (The Rite, 2011) que estreou nos cinemas nos últimos dias. O filme conta sobre a história de Michael (vivido por Colin O'Donoghue), um rapaz que trabalha como ajudante de seu pai, prestando serviços funerários e faz preparações de corpos para enterros. Por pressão da família, estuda para seguir o celibato, mesmo sendo um cético. No término o curso é convidado a fazer um curso de exorcismo no Vaticano e relutante, decide fazê-lo para fugir de seu pai que odeia. Lá, conhece com Angeline (Alice Braga), que é uma jornalista que está em busca de uma reportagem sobre exorcismos e o padre Lucas (Hopkins), que colocará em prova sua fé da maneira mais próxima e intensa possível.
Este é mais um filme que assisto baseado em fatos reais e, diferente do "Santuário", a atenção que me prendeu ao assistir ao longa foi bem maior. O roteiro é algo que merece aplausos, pois a trama é bem construída, de forma a conduzir o expectador a um processo de grande entusiasmo, pedindo mais e curioso para saber do final, além de diálogos muito bem utilizados, com um toque de humor que produz um relaxamento na tensão do filme.
A atuação é um ponto forte que realmente me agradou bastante. Anthony Hopkins é um ator excelente, que traz com sua experiência e essência malévola (coisas de Hannibal) algo muito peculiar para o filme: sua capacidade de atrair a todos que o veem. O ator principal, Colin O'Donoghue é para mim um rosto novo que não me chamou tanta atenção, mas que na medida do possível, deu conta do recado. Já Alice Braga me surpreendeu ainda mais. Sua performance foi muito positiva, e pôde-se notar que a atriz se consolida mais e mais a cada dia no mercado Hollywoodiano com sua presença e parece que veio pra representar o Brasil.
O filme em si não me assustou tanto quanto imaginava, mas aos poucos, fui percebendo que o que me deixava segurando firme os braços da cadeira era como a minha fé era colocada em questão, assim como o do padre em formação, já que alguns sinais de perda de fé e falta de rumo foram fáceis de detectar e se identificar. Saí do cinema ainda pensativo e refletindo sobre a ideia de tentar entender mais sobre o que vi.
Espero ainda voltar a ver nos cinemas bons filmes de terror (conto mais como suspense) como esse, pois foi um belo exemplo de como um roteiro simples pode causar impressões maiores e melhores.

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